A importância da função do semelhante na construção da subjetividade da criança autista

Celma Marília de Souza Prado

Resumo


Este artigo busca, por meio da pesquisa bibliográfica, analisar as produções científicas disponíveis acerca da função do semelhante na construção da subjetividade da criança autista. Pretende também desmistificar teorias que abordam o funcionamento autístico e suas possíveis causas ou origem. Além disso, procura destacar e refletir sobre a relevância da interação dos pares na construção subjetiva, sob a perspectiva da psicanálise a partir do brincar

Palavras-chave


autismo;função do semelhante; crianças; construção da subjetividade.

Texto completo:

PDF

Referências


BAROUKH, J.A. A posição do professor frente ao aluno e seus pares na educação infantil: uma leitura psicanalítica acerca do olhar do professor para a função do semelhante na escola. São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde16122020-124028/pt- br.php. Acesso em fevereiro de 2023

BAROUKH, J.A. A posição do professor frente ao aluno e seus pares na educação infantil: uma leitura psicanalítica acerca do olhar do professor para a função do semelhante na escola. São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/ tde-16122020-124028/pt- br.php. Acesso em fevereiro de 2023 apud KEHL, M. R. Existe uma função fraterna? In: KEHL, M. R. (org.) Função Fraterna. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.

BELO, F.; SCODELER, K. A importância do brincar em Winnicott e Schiller. 2013, Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0101-48382013000100007&script=sci_ arttext Acesso em julho de 2023.

BERNARDINO, L. M. F.; LAVRADOR, M. B.; BECHARA, L. C. Quem são as crianças com Entraves Estruturais na constituição psíquica – EE? In: KUPFER, M.C. et al. Práticas inclusivas II: Desafios para o ensino e a aprendizagem do aluno-sujeito. p.15-33. São Paulo: Escuta, 2020.

BETTELHEIN, B. A fortaleza vazia. São Paulo: Martins Fontes, 1987 apud LOPES, B. A. Autismo, narrativas maternas e ativismo dos anos de 1970 a 2008. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/HsffYBhHfB8SrnfgRV9ZScD/?lang=pt Acesso em maio de 2023.

BORGES, T. P. Considerações sobre o autismo infantil. 2006. Disponível em: http:// pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 44272006000200009 Acesso em abril de 2023.

CAPONI, S.; MARTINHAGO, F. Controvérsias sobre o uso do DSM para diagnósticos de transtornos mentais. 2019 Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/4CXZ3jQs v8d7KjPb5HGy5Sb/?format=pdf〈=pt Acesso em maio de 2023.

CASTRO, B. R. A psicanálise pode contribuir para o tratamento de autistas? 2018. Opção Lacaniana online nova série Ano 9 • Nº 25 e 26 • março/julho 2018 • ISSN 2177-2673. Disponível em: http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_25/A_psicanalise_pode_contribuir_para_o_tratamento_d os_autistas.pdf Acesso em julho de 2023.

DI PAOLO, A.F.; BARROS, C.V. Considerações acerca do brincar e do estatuto da fantasia a partir de proposições teóricas que baseiam a pesquisa IRDI. 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282010000100012 Acesso em julho de 2023.

DORIA, N. G. D. M. et al. O autismo no enfoque psicanalítico. 2006. Psicologia. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0311.pdf Acesso em abril de 2023. DSM- 5. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2014. FIOCRUZ. Transtorno do Espectro Autista é analisado sob o ponto de vista de cuidadores. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/transtorno-do-espectro- -autista-e-analisado-sob-o-ponto- de-vista-de- cuidadores#:~:text=O%20termo%20 %E2%80%9Cautismo%E2%80%9D%20foi%20cunhado,da%20esqu izofrenia%2C%20 conta%20a%20psic%C3%B3loga. Acesso em maio de 2023.

FREUD, S. Totem e tabu (1913). Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIII, Rio de Janeiro: Imago, 1971.

JERUSALINSKY, A. 2008. Considerações acerca da avaliação psicanalítica de crianças de três anos – AP3. In: LERNER, R. ; KUPFER M.C. (orgs.) Psicanálise com crianças: clínica e pesquisa. São Paulo: Escuta apud KUPFER, M.C.M.; BERNARDINO, L.M.F. Acompanhamento psicanalítico de crianças em instituições, escolas e grupos – APEGI. 2018 Disponível em: https://lugardevida.com.br/wp-content/uploads/2020/07/MANUAL- -APEGI.pdf

KANNER, L. Os distúrbios autísticos de contato afetivo. In:: ROCHA. P. S. Autismos. São Paulo: Escuta, 1977. KANNER, L. Os distúrbios autísticos de contato afetivo. In:: ROCHA. P. S. Autismos. São Paulo: Escuta, 1977 apud BORGES, T. P. Considerações sobre o autismo infantil. 2006. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 44272006000200009 Acesso em abril de 2023.

KEHL, M. R. Existe uma função fraterna? In: KEHL, M. R. (org.) Função Fraterna. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000. KLEIN, M. The psycho-analysis of children. Londres: Hogarth, 1932.

KUPFER, M. C.; PINTO, F. S. C. N. O que uma criança pode fazer por outra. In: Lugar de vida, vinte anos depois. Exercícios de educação terapêutica. pp. 97 – 111. São Paulo: Escuta, 2010.

KUPFER, M.C.M. et.al. Acompanhamento psicanalítico de crianças em instituições, escolas e grupos – APEGI Disponível em: https://lugardevida.com.br/wp-content/uploads/2020/07/MANUAL-APEGI.pdf Acesso em outubro de 2022.

KUPFER, M.C.M.; BERNARDINO, L. M. F. Acompanhamento psicanalítico de crianças em instituições, escolas e grupos – APEGI. 2018 Disponível em: https://lugardevida.com. br/wp-content/uploads/2020/07/MANUAL-APEGI.pdf Acesso em outubro de 2022.

LACAN, J. Os complexos familiares na formaçãodo indivíduo: ensaio de análise de uma função em psiclogia. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

LAZNIK, M. C. A voz como primeiro objeto da pulsão oral. Estilos clin. vol.5 n. .8 São Paulo, 2000. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1415-71282000000100008 Acesso em julho de 2023.

LAZNIK, M. C. Psicanalistas que trabalham em saúde pública. 1998. Disponível em: file:///C:/Users/User/Desktop/Alex%20TCC/Material%20para%20estudo/Artigo%20Psicanalistas%20que %20trabalham%20em%20sa%C3%BAde%20p%C3%BAblica.pdf. Acesso em julho de 2023.

LAZNIK, M. C. Risco de autismo em bebês. You tube. Clínica e Instituto Horizontes 29 jun. 2023. Disponível em: https://www.google.com/search?q=Laznik+autismo+neurocie ncias&rlz=1C1GCEA_enBR812BR812&oq =Laznik+autismo+neurociencias&aqs=chrome. .69i57j33i160.16417j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF- 8#fpstate=ive&vld=cid:8ea32393,v id:s4RsN-TFoKk Acesso em julho de 2023.

LOPES, B. A. Autismo, narrativas maternas e ativismo dos anos de 1970 a 2008. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/HsffYBhHfB8SrnfgRV9ZScD/?lang=pt Acesso em maio de 2023.

MALEVAL. J. C. Da Estrutura Autista. 2018 Revista aSEPHallus de Orientação Lacaniana. Rio de Janeiro, 13(26), 4-38, mai. 2018 a out. 2018. Disponível em: http://www.isepol. com/asephallus/numero_26/pdf/2_conferencia_jean_claude_maleval_portugues.pdf Acesso em junho de 2023.

MALEVAL, J. C. O autista e a sua voz. São Paulo: Blucher, 2017.

MANNONI, M. O que uma criança pode fazer fazer por outra? Sobre grupos terapêuticos de crianças. Uma resposta de M.Mannoni. In: KUPFER, M. C.; PINTO, F. S. C. N. Lugar de vida, vinte anos depois. Exercícios de educação terapêutica. pp. 97 – 111. São Paulo: Escuta, 2010.

MANNONI, M. Un lieu pour vivre. Paris: Seuil, 1976.

MENÉNDEZ, R. Autismo: uma questão de ciência ou ideologia? Estudos em Psicanálise, 38, 2012 apud GONÇALVES, A.P. Transtorno do Espectro Autista: revisitando a literatura. 2017 Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttextπ d=S0101-48382017000200008 Acesso em outubro de 2023.

NASCIMENTO, I. B. et al. Estratégias para o transtorno do espectro autista: interação social e intervenções terapêuticas. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/ DQNzt7JYrHxTkrV7kqkFXyS/ Acesso em maio de 2023.

NEVES, F. M. O método Lancasteriano e o Projeto de Formação disciplinar do povo, (São Paulo, 1808-1889). 2003. Tese (Doutorado em História), Unesp, Assi, 2003 apud MANNONI, M. O que uma criança pode fazer fazer por outra? Sobre grupos terapêuticos de crianças. Uma resposta de M.Mannoni. In: KUPFER, M. C.; PINTO, F. S. C. N. Lugar de vida, vinte anos depois. Exercícios de educação terapêutica. pp. 97 – 111. São Paulo: Escuta, 2010.

REVAH, D. Registro da função do semelhante na escola: função subjetiva e função política. In: KUPFER, M.C. et al. Práticas Inclusivas II: Desafios para o ensino e a aprendizagem do aluno-sujeito. p. 115-129. São Paulo: Escuta, 2020.

SANTOS, M. A.; SANTOS, M. F. S. (2012). Representações sociais de professores sobre o autismo infantil. Psicologia & Sociedade, 23(3), 364-372. Disponível em: https://www. scielo.br/j/psoc/a/bv6LDyKtHK9Xf9fjsz9pDTv/?format=pdf〈=pt Acesso em abril de 2023.

SEGAL, H. Introdução à obra de Melanie Klein. Coleção Psicologia psicanalítica, 1975, Imago, Rio de Janeiro.

SILBERMAN, S. Neurotribes: The legacy of autism and the future of neurodiversity. New York: Penguim Random House, 2015 apud CORRÊA, P.H. O autismo visto como complexa e heterogênea condição. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/Cy9JTfFN 9pP5j5tY578pFQm/?format=pdf〈=pt Acesso em outubro de 2020.

SILVA, L. Transtorno do Espectro Autista é analisado sob o ponto de vista de cuidadores. 2017. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/transtorno-do- -espectro-autista-e-analisado-sob-o-ponto-de-vista-de-cuidadores#:~:text=A%20 fim%20de%20conhecer%20o,seus%20medos%2C%20ang%C3%BAstias%20e%20 preocupa%C3%A7%C3%B5es. Acesso em maio de 2023.

SILVERMAN, C.; BROSCO, J. P. Understanding autism: parents and pediatricians in historical perspective. Archives of pediatrics and adolecent medicine, 161, 2007 apud LOPES, B. A. Autismo, narrativas maternas e ativismo dos anos de 1970 a 2008. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbee/a/HsffYBhHfB8SrnfgRV9ZScD/?lang=pt Acesso em maio de 2023.

SOUSA. J. P. M. Minuto Saúde Mental #31: O que é autismo e como uma pessoa se torna autista? 2021. Disponível em: https://jornal.usp.br/podcast/minuto-saude-mental-31- -o-que-e-autismo-e-como-uma-pessoa-se-torna-autista/ Acesso em agosto de 2023.

TIUSSI, C. C. Função do semelhante como fundamento do trabalho com as crianças em grupos: uma contribuição para os estudos sobre o desenvolvimento psíquico. São Paulo, 2018.

USP. Universidade de São Paulo. O que é o autismo. Disponível em: https://www.ip.usp. br/site/pst_pos/psicologia-social-pst/ Acesso em maio de 2023.

VOLTOLINI, R. Crianças fora-de-série: psicanálise e educação inclusiva. São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/48/tde-29102021- 103226/pt- br.php Acesso em março de 2023.

WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975. Disponível em: https://livrogratuitosja.com/wp-content/uploads/2022/04/O-brincar-e-a-realidade-Donald- -Winnicott-z- lib.org_.pdf Acesso em abril de 2023 apud BELO, F., SCODELER, K. A importância do brincar em Winnicott e Schiller. 2013, Disponível em: http://pepsic.bvsalud. org/scielo.php?pid=S0101-48382013000100007&script=sci_arttext Acesso em julho de 2023.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 1984-1213

ISSN 2318-5589

Qualis B2