Os impasses à adesão dos métodos contraceptivos Reversíveis de Longa Duração (LARSCs) em adolescentes e o papel da equipe multiprofissional
Palavras-chave:
Adolescente; LARCs; adesão; equipe multiprofissional; ações médicas; contraceptivos; serviço social.Resumo
O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas e a Academia Americana de Pediatria apoiam os LARC como opções anticoncepcionais de primeira linha para adolescentes, uma vez que são métodos altamente eficazes e seguros, com grande potencial para reduzir a gravidez indesejada, esta que se associa a impasses econômicos, sociais e de saúde e, dessa forma, retrata uma questão de saúde pública. O objetivo deste estudo é avaliar como as ações da equipe multiprofissional, esta composta por profissionais de saúde como médicos, enfermeiros, psicólogos, bem como o serviço social, na escolha de métodos contraceptivos reversíveis de longa duração, repercutem no processo de adesão em mulheres adolescentes. Para atender a esse objetivo, a metodologia se trata de um estudo secundário, no qual foi realizada uma revisão narrativa, analisando os trabalhos que abordaram a adesão dos métodos contraceptivos de longa duração por mulheres adolescentes. Quanto aos resultados, foram abordados que dentre as principais vantagens do LARC estão a alta eficácia e a elevada taxa de adesão. Ademais, seu uso
é relativamente alto entre as adolescentes, mas permanece principalmente relacionado ao fato de terem tido uma gravidez prévia, sendo maior o uso da contracepção reversível de curta duração nas mulheres mais jovens de forma geral. Portanto, nota- se a necessidade de melhoria na qualidade do aconselhamento em relação aos LARCs pelos profissionais de saúde, com a necessidade de implementar treinamentos na formação dos profissionais, principalmente médicos, quanto ao uso e manejo de LARCs e a garantia ao acesso gratuito a esses métodos contraceptivos, somado a elaboração de programas assistenciais sociais que visam a conscientização desse grupo sobre a saúde sexual e reprodutiva e atuação nos determinantes sociais que influenciam na gravidez na adolescência, de forma a atuar na melhoria dos indicadores de saúde, principalmente na redução do número de gestação não planejada.