A participação social em Hortolândia/SP: 1970 a 2004

Anita Burth Kurka, Maria Lucia Carvalho da Silva

Resumo


Este artigo tem como objetivo analisar a participação social nos lugares de Hortolândia na perspectiva teórica da geografia proposta por Milton Santos. Hortolândia foi instituída política e

administrativamente como cidade em 1991. Está localizada na Região Metropolitana de Campinas, uma das mais ricas do Estado de São Paulo e do Brasil. Possui hoje uma receita expressiva, advinda dos impostos das empresas transnacionais que produzem tecnologia de ponta, mas ainda convive com um quadro de desigualdade sócio-espacial e uma infra-estrutura urbana precária. É considerada uma extensão do pólo tecnológico de Campinas. Uma das possíveis hipóteses explicativas para essa relação de coexistência entre a riqueza e a pobreza, nesse contexto, baseia-se na reflexão de Milton Santos ao tratar da relação dialética lugar/mundo, e a maneira como a globalização se revela na formação das regiões tal como a metropolitana de Campinas. As regiões são também o resultado de uma solidariedade organizacional, comandada por agentes externos, como as organizações transnacionais, a serviço do mercado. Essa relação verticalizadora atende a interesses e projetos próprios e não dos lugares, provocando assim a sua alienação. Contudo, nesses mesmos lugares, espaços do acontecer solidário, podem ocorrer também processos de resistência, como as práticas participativas na cidade de Hortolândia, a partir final dos anos 70.


Palavras-chave


participação social; território usado; emancipação política; Hortolândia; movimentos sociais.

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ISSN 1984-1213

ISSN 2318-5589

Qualis B2